quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Lições de Administração e RH com Dunga - uma reflexão

Nesse artigo é feita uma breve comparação entre as ações e decisões de Dunga, técnico da seleção brasileira de futebol e suas proximidades com conceitos e práticas de Administração e da Gestão de Pessoas.
No dia 10 de Maio deste ano, o técnico da seleção brasileira de futebol, Dunga, divulgou aqueles jogadores que ele escolheu para fazer parte de seu time.
Analisando  um pouco melhor este contexto para que possamos avaliar a profundidade das lições de Administração que podem ser tiradas a partir dessa situação, especialmente ligadas aos processos de gestão de pessoas.

Na entrevista coletiva, dada logo após a divulgação dos convocados para compor a seleção brasileira que disputou a copa do mundo de 2010 na África do Sul, Dunga deu sua primeira grande lição de Administração: a importância do planejamento.
Sabem quais os critérios, definidos nessa reunião de 2006 e praticados na convocação do dia 10? Palavras do próprio Dunga: "comprometimento, atitude, jogadores chamando a responsabilidade para si, paixão, emoção de jogar na seleção brasileira, realização do sonho de cada um de vestir essa camisa, saber da responsabilidade, saber do desgaste, do percurso, da cobrança e que cada um deve estar disposto a se doar para a seleção brasileira".
Qual administrador, líder, empresário não busca isso também em seu "time"?
Quando estudamos estilos de liderança, teorias de motivação e seus impactos na formação das equipes e dos comportamentos e ações, estamos justamente analisando uma série de escolhas que fazemos em nosso dia-a-dia organizacional e de que forma elas podem (e vão) influenciar o resultado.

Não sei se intencionalmente ou não, mas Dunga provavelmente se fez questionamentos que nós da área de
Administração, especialmente na gestão das pessoas, nos fazemos frequentemente: quem convocar? Quais talentos juntar? Como treinar e preparar a equipe? Como criar uma cultura de excelência? Como conduzir a equipe?
E ele ainda fez mais, inovou em seu processo de recrutamento e seleção. Já é prática corrente no mercado o fato que, normalmente as organizações contratam as pessoas por seu aspecto técnico, ligado ao seu currículo, sua formação, experiências e resultados do passado, e que muitas vezes, essas mesmas pessoas são posteriormente desligadas das organizações por seu aspecto comportamental... Sabe qual a grande lição de Dunga nesse quesito? Ele já "contratou" pelo aspecto comportamental das pessoas.... Tecnicamente eram todos muito bons, realmente dificultava a escolha, então ele usou o critério já estabelecido naquela reunião inicial de 2006, de valorizar aspectos intangíveis: a energia, o comprometimento, a alegria, a capacidade de fazer acontecer.

As organizações também precisam e anseiam por gente assim, com essa energia e essa capacidade de fazer acontecer. E você? Faz parte de qual time? Dos que lamentam e sentem-se injustiçados a cada momento ou daqueles que efetivamente contribuem para as coisas acontecerem e os resultados aparecerem? ?  Pense nisso!


http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/licoes-de-administracao-e-rh-com-dunga-uma-reflexao/44847/

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